quinta-feira, dezembro 14, 2006

Úmido Desejo

Paramos apenas por um momento.

Neste momento tudo parou.

A nossa respiração embaçou os vidros.

Em volta, a chuva caía cinza.

Mas nós estávamos cheios de cor.

De repente, as suas mãos nas minhas coxas

Os meus seios procurando os seus lábios

A sua língua deixando-me louca

A sua boca, fonte do meu desejo.

Suas mãos nasceram para percorrer minhas curvas

Seu sexo para se encontrar com o meu

Eu mal vejo o céu cinza.

O mundo ao redor desaparece

De repente só há nós dois

O gozo é conjunto

Dói e é delicioso.

Não sou capaz de resistir

Duas vontades juntas: a sua e a minha

Me vencem facilmente.

A prudência se vai, o prazer é constante

A vontade permanece.

A umidade da chuva me invade

E me consome por dentro.

Para sempre.

Nenhum comentário: