sábado, fevereiro 07, 2009

Fui roubada

Meu caros,

hoje vou compartilhar com vocês algo extremamente íntimo.

No dia 5, há dois dias, fui ao Verdemar e comprei um pão de queijo. Nunca uso o cartão de débito do Bradesco, mas estava sem dinheiro na mão e resolvi usar. O que aconteceu foi que o cartão não passava de jeito nenhum.

Intrigada, fui a um caixa eletrônico, que emitiu uma mensagem dizendo que o cartão estava bloqueado.

Quando fui ao banco e desbloqueei o cartão, descobri que todo o meu dinheiro que estava lá tinha sumido!!! Sumiu tudo!!! Todas as minhas economias, tudo que eu tinha!

Fiquei apavorada, fui a duas delegacias e me disseram que preciso procurar a minha agência. No banco já haviam me dito isso. Mas a minha agência fica longe demais de onde eu trabalho! E horário de banco é uma merda!

Segunda terei de fazer a via crucis de ir ao banco fazer uma contestação e à delegacia também. Já chorei demais, sabe... era tudo que eu tinha... se eles não me restituírem, só Deus sabe como vou fazer.

No meu extrato diz que foi feita uma compra no Carrefour BH Shopping no dia 4, no valor exato de tudo que eu tinha no banco. O detalhe é que eu NUNCA fui nesse Carrefour. Nunquinha nesta vida! Agiram totalmente de má fé!

Com o casamento, estou me esforçando por juntar cada centavo que eu puder. Aí vai e acontece isso. Quase pirei. Sou muito azarada. Nunca uso cartão. Sempre prefiro sacar e ter o dinheiro na mão.

Minha sorte foi que meu noivo e meus companheiros de trabalho foram muito, mas muito compreensivos mesmo. Me deram muita força.

Aviso a vocês, de coração. Os delegados com quem conversei me disseram que Bradesco e Banco do Brasil são os bancos que possuem os sistemas mais vulneráveis. Se puderem evitar, não tenham contas lá! Eu estarei encerrando, segunda-feira, minha conta no Bradesco. Acho que manter o dinheiro embaixo do meu colchão será mais seguro. Não desejo ao meu pior inimigo este aperto. A gente fica, simplesmente, desamparado.

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Tristeza

Estou muito triste pela minha colega Carol.

A avó dela morreu ontem.

Este blog está de luto em solidariedade com a dor dela.

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Virginia Woolf: várias em uma só

Esta é a capa do livro que estou lendo: "Contos Completos", de Virginia Woolf. Apesar de Virginia ser uma das maiores autoras inglesas do século XX (1882-1941) e de ter sido personagem do filme "As Horas", com Nicole Kidman interpretando-a, eu não a conhecia. Só de ouvir falar. Nunca tinha lido nada dela. E me surpreendi um bocado.

O início do livro, devo confessar, me entediou um bocado. Os primeiros contos eram enormes e bem maçantes. Curiosamente a melhor parte era sempre no final. Quando o conto começava a me interessar, acabava. E eu ficava p. da vida.

Mas a medida que Woolf foi envelhecendo ela ficou, aparentemente, muito melhor escritora, com mais percepção de climax e abordando cada vez mais uma especificidade que parece ser só dela: o interesse no ser humano. Isso apesar de seus problemas pessoais.

Pelo que a gente lê, ela era o tipo de escritora que observava as pessoas na rua e, pelo que conseguia captar, tecia as mais mirabolantes e imaginativas histórias. Em "A Viúva e o Papagaio", que ela relata como sendo 'história verídica', Virginia mostra como o amor aos animais pode ser extremamente decisivo na vida de um ser humano. Já em "Lappin e Lappinova", um dos contos que mais gostei do livro, ela mostra como um casamento pode se acabar se não nos esforçarmos por perservar o seu encanto.

Em vários dos contos ela mostra verdadeiros flagrantes do cotidiano: uma mulher que vai a uma festa com um vestido amarelo e se sente como uma 'mosca prestes a se afogar na xícara'; uma outra senhorita que se horroriza com um rapaz que pega uma mosca e corta suas asas com as mãos; um senhor que fica a observar um quadro com uma paisagem e se imagina andando dentro dela; uma mulher que coleciona papéis antigos e se encanta com o diário da avó de um velho fazendeiro; um marinheiro que volta para casa de viagem da China e traz alegria e tristeza para sua mulher, dentre tantos e tantos outros.

Você ri, você fica triste, intrigado e pensativo. É um livro formidável. Vemos os primeiros passos de "Miss Dalloway", quando ela aparece em alguns contos apenas como personagem coadjuvante. Vemos uma Virginia que faz contos com leve tendência ao lesbianismo e criticando valores que eram considerados em sua época sagrados, como o matrimônio, a maternidade e a 'Sociedade'. Vemos que Virginia era várias mulheres em uma, pensando à frente de seu tempo, questionando o conceito de felicidade que nos é 'vendido' e, acima de tudo, "acreditando na sua própria raça". Ela acreditava no ser humano, o amava com seus defeitos e qualidades e não se cansava de descrevê-lo, continuamente.

Recomendo em alto grau.

Saiba mais sobre Virginia Woolf e sua triste trajetória pessoal.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

O aniversário

Como a gente deve se sentir no próprio aniversário?

Bem que seria apropriado um manual indicando...

Eu me senti bem triste, não sei porquê.

Mas hoje já não era mais meu aniversário e aí me senti pior ainda!

Talvez não devesse ter feito a bobagem de economizar...

Devia ter comprado uns salgadinhos, bolo...

Festejar também é uma forma de agradecer ao bom Deus tudo de maravilhoso que tenho conquistado. Ele tem estado sempre ao meu lado. E eu rezei e agradeci.

Mas será que não devia ter festejado, sei lá, de algum jeito mais carnavalesco?

Não teve festa, bombons ou salgadinhos.

Estou me esforçando por economizar cada centavo.

A tristeza veio não sei de onde.

Não fiz nada para mim ontem. Sabe quando a gente dedica o dia para cuidar de si? Pois é... Não rolou.

Sei lá...

Vou precisar me recompensar de algum jeito.

E achar uma forma de, mesmo que tardiamente, celebrar.