segunda-feira, dezembro 21, 2009

Aliança

Hoje fui buscar minha nova identidade. Agora tenho um sobrenome a mais. E isso desencadeou uma série de divagações em mim. Me perdoem se o texto estiver um tanto confuso...

São três meses de casamento. Nesse meio tempo, já brigamos e fizemos as pazes algumas vezes. Os motivos foram diversos. O amor parece que só aumentou ao longo dessa caminhada.

Mas mais importante que acrescentar um nome, parece que, no casamento, acrescentamos algo a mais no cotidiano.

São pequenos detalhes, que sempre nos fazem lembrar do ser amado.

Sentimos as coisas de maneira muito mais intensa que antes.

Quando namoramos, o que parece bobagem se torna um problema terrível depois que nos casamos. Um copo d'água pode virar uma tempestade. Sempre lembro daquele filme, "Separados pelo casamento", quando a Jennifer Aniston e o Vincent Vaugh estavam bem, mas aí ele esqueceu de trazer limões e isso culminou na separação. Qual era a real importância daqueles limões? Eles foram apenas a gota d'água pra ela.

Por isso eu procuro sempre ser muito sincera com o meu marido e dizer a ele tudo que penso, coisas boas e ruis. Ele precisa saber se estou feliz ou se estou triste. Não tem como eu engolir tudo e, um dia, sem mais nem menos, ir embora. Não seria justo com ele não dar-lhe uma chance de se defender e me mostrar o porquê de termos nos casado. Não seria justo comigo abandoná-lo ainda amando-o. Não seria justo para nossas famílias quebrar, do nada, a expectativa de netos futuros.

Então eu sempre falo tudo. E tenho de elogiá-lo. Ele tem se esforçado. Tem sido paciente. Tem me ouvido.

E repensei umas coisas graças ao esforço dele. Pensei que eu também preciso melhorar. Ser menos estabanada. Saber ouvir. Ser forte.

Assisti outra noite com ele a aquele filme, Assim Caminha a Humanidade, um clássico maravilhoso e, quando vi tudo que a personagem da Elizabeth Taylor enfrentou pelo seu marido pensei: sabe, casamento é mesmo pra sempre. Não dá pra simplesmente se largar pra lá. E decidi fazer como ele tem feito: usar a aliança direto no dedo.

Desde que nos casamos ele nunca tirou a aliança e isso me intrigava porque quando namorávamos ele não usava o anel de compromisso quando estava na casa dele. Quando noivamos, ele também tirava a aliança de vez em quando. Mas agora não tira mais, nem pra tomar banho. E eu fico sem ela, porque faço coisas na cozinha e tenho medo de arranhar. Porém, quer saber de uma coisa? A aliança não é um simples anel. Significa um pacto, entre mim e ele, de sempre nos esforçarmos pra que tudo dê certo. Não vou tirá-la mais de agora em diante.

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