quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Tristeza da menina má

Hoje eu estava de noite, de bobeira, em frente à TV quando o Brasil das Gerais começou. Gosto deste programa e ele estava com um assunto bacana de discutir, que me interessou. O tema era "Homens que amam demais". Me lembrei do MADA (Mulheres que Amam Demais Anônimas), organização destinada a ajudar mulheres deprimidas por terem se envolvido com o amor como se fosse uma doença. E fiquei imaginando se eles levariam homens "doentes de amor" e iriam sugerir tratamentos ou algo assim. Mas acabei sendo surpreendida.

O programa se tornou uma sucessão de casos de amor "bonitinhos", nos quais homens contavam loucuras que haviam feito por suas esposas, com as quais ainda estão. Será que mulheres que amam demais são consideradas loucas enquanto os homens são considerados românticos? Fiquei pensando nisso e no quanto o amor incondicional do personagem Ricardo (do "Travessuras da Menina Má", de Mario Vargas Llosa) havia sido praticamente uma doença por mais de 60 anos.

Estava na esperança do programa abordar casos como o de Ricardo, mas não aconteceu. A idéia era apenas mostrar histórias que davam certo. E eu achei um pouco injusto. Cadê o outro lado que o jornalismo precisa mostrar? Será que não havia um HADA? (versão do MADA masculina) Porque apenas o enfoque positivo? Achei um bom programa, mas pobre.

Acho que o tema correto do programa devia ser: "Homens que fizeram loucuras por amor". Aí sim correspondia exatamente ao conteúdo abordado. Isso evitaria que eu e talvez outros fãs de Llosa ficássemos perdendo nosso precioso tempo na frente da TV. Claro que curti o programa, não me levem a mal! Mas se existem muitas histórias que deram certo, as que não deram também podem ser interessantes. E eu também gostaria de conhecer os homens que amaram demais e se frustraram. Entrevistados não faltariam, creio eu.

Um comentário:

Renata Carvalho Rocha Gómez disse...

put's q preguica !
sou fã da roberta !
um beijo