Vivia solitário em seu mundo de segunda a sexta. Era verde. Tinha algumas ocupações ocasionais. Mantinha o pântano limpo. O mangue estava sempre organizado. E se enfiava no trabalho braçal.
Ficava bastante solitário. Mas gostava. Lia livros. E era livre para ser bastante bossal. Não tratava bem ninguém. Fazia cara de mau. Era selvagem. Aborrecido. Ogro.
Mas tinha um acordo. O dono do Parque o havia dito que não podia ser sempre assim. Do contrário espantaria todas as pessoas. E o Parque, que ficava ao lado do pântano, precisava de gente.
Então sábado e domingo o monstro se transformava completamente. Virava um amor. Um doce. Até sua cor mudava. Ficava rosa. Era simpático. Abraçava as crianças. Conversava. Era sociável. Meigo. Adorável.
E assim tudo se equilibrava. O monstro tinha de ter seu momento para ser mau. E conseguia ser bom quando necessário.
Mas o pântano ia ser aterrado. No seu lugar, um belo condomínio. Onde iria parar o monstrengo?
O dono do Parque propôs construir para ele um pântano artificial, debaixo da montanha-russa. Mas daria certo?
Como equilibrar o estilo de vida do monstro? Ele teria de ser meigo 24 horas? Se tivesse, conseguiria?
Teriam de chegar a um acordo.
terça-feira, julho 08, 2008
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