Ontem assisti a um dos filmes mais sensacionais que já havia visto. Muito bom mesmo. E altamente recomendado. Chama-se Meninamá.com. E é bárbaro em todos os sentidos.
Destaque especial para a atuação da atriz principal, a mesma que interpreta a Juno do filme homônino candidato ao Oscar. Maravilhosa! Seus trejeitos e expressões nos deixam grudados na frente da tela o tempo todo. E isso é reforçado pela forma de filmar que o diretor escolheu. No início do filme há apenas o primeiríssimo plano focado no rosto da garota, quase que o tempo todo e na medida que a trama se desenvolve o plano também se abre e vamos descobrindo quem é quem na confusa e bem enredrada trama. A príncipio me desagrada a tradução brasileira do nome do filme, porque ela entrega demais o jogo, na minha opinião. Mas é bom porque se não temos algumas surpresas, outras estão bem reservadas, desde o momento em que saímos da tela do computador até a magnífica cena final.
O filme dá inúmeras voltas e se em alguns momentos suamos e ficamos cansados como o fotógrafo logo em seguida pulamos da cadeira de susto e a adrenalina volta a correr solta. Eu não diria que o filme é de terror ou suspense, apesar de termos esses sentimentos ao longo do DVD, mas chega a ser uma tragicomédia ou uma comitragédia, com leves pitadas de pimenta e maniqueísmo clássico. Um primor. E levemente engraçado e até mesmo educativo.
As mulheres imediatamente se identificam com esta menina má, tão diferente da personagem de Mario Vargas Llosa. Que garota nunca se sentiu invadida ou molestada o suficiente para querer fazer o que a personagem pretende? Quem nunca teve vontade de arrebentar o pedreiro imbecil que fica gritando "Ô gatinha" do canteiro de obras? Imediatamente as mulheres dão risada e torcem pela menina má. A consideram uma justiceira. E os homens ficam com calafrios, especialmente por não desejarem de jeito nenhum estar no lugar do cara.
Assistam. Façam esse favor a si mesmos. Deixem os DVDs pipocões de lado por um dia. Vocês não vão se arrepender. O calafrio na espinha é garantido.
E agora outra dica!
Não deixem de ler a matéria "No mundo do chicotinho e das algemas", de Luíza Pastor, que saiu na revista Brasileiros da edição de fevereiro. É, simplesmente, muito boa. Não vou detalhar demais, pra não estragar a surpresa, mas a repórter visita o Clube Dominna, em Sampa e nos mostra um pedaço do mundo BDSM (Bondage, Dominação/submissão e Sadomasoquismo). Você ri, pensa e revê alguns conceitos. Matérias assim, que fazem a gente abrir a cabeça um pouquinho, deviam ser mais abundantes nas publicações. Infelizmente estão virando exceções. E essa matéria ainda vai render alguns panos pra manga, eu acredito.
Leia essa matéria e a matéria "O Anjo Pornográfico", da Rolling Stones brasileira de fevereiro e aí terá uma gama de coisas pra refletir e, quem sabe, até experimentar. Sou fascinada por personagens surpreendentes e essas duas matérias são um prato cheio. Coisa de jornalista, né? Um dia ainda encontro personagens inusitados assim e entrevisto. Ah, se não encontro! rsrsrs...
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