18 horas no relógio. Ele estava ansioso.
Olhou na direção da garota e ela se levantou, arrumou os livros na pasta e foi caminhando lentamente até a porta.
O homem a seguiu com os olhos.
Se encontraram na porta do estabelecimento e entraram discretamente.
Quando ele entrou no quarto, muita coisa o surpreendeu. Havia uma tv gigante, som, frigobar, inúmeras coisas que ele nunca tinha visto num motel. "Faz tempo que não visito um desses", pensou.
Ficou visivelmente sem graça com a garota. Mal a conhecia. Apenas em seus devaneios eróticos.
Mas, agora, na hora de realizá-los, ele estava muito desconfortável.
Mais engraçado ainda foi quando ela chegou até ele e perguntou:
"E então? O que você vai querer fazer"?
"Hmmm... o que você quiser".
"Ok. Eu gosto muito de sexo, sabe? E gosto de ficar por cima, se você não se importa".
"Não, de forma alguma".
Ela começou a se despir. Por debaixo do jeans havia uma calcinha de renda rosa. O soutien era rosa também. E os contornos do corpo da pequena ninfeta não decepcionavam. Era tinha um bumbum irresistível, com coxas esculpidas no mármore de sua pele.
Como a própria Lolita, a menina jogou os braços por cima do homem e o beijou. Ela o conduziu o tempo todo. O jeito certo de chupar, as carícias nos lugares que ela mais gostava, os beijos. E ela estava por cima, quase no auge do orgasmo, quando seu companheiro olhou distraidamente para a mão esquerda e teve um choque enorme.
Havia esquecido de tirar a aliança de casamento. Estava transando com outra mulher com a aliança no dedo. Imediatamente a sensação de culpa invadiu-o.
Mas já era tarde. Estava dentro dela. Duro. Cheio de tesão. Pronto para explodir de prazer.
Tirou a aliança da mão e a colocou na escrivaninha ao lado da cama. Sentiu medo e vergonha. A partir daquele instante poderia perder a filha e a esposa para sempre.
Gozou como não gozava há muito tempo. Sentiu um prazer enorme. Seu coração bateu descompassado no peito.
A companheira desceu de seu colo e se deitou ao seu lado na cama.
Ele olhou à sua esquerda e a aliança olhou de volta para ele, da escrivaninha. Estava nítida a data do casamento e o nome da esposa, gravados no anel.
E então, ele teve certeza.
De quem era o grande amor de sua vida.
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