Todo mundo fica sabendo da minha vida, mas, ao mesmo tempo, nunca me senti tão sozinha. Não digo solitária quanto ao lado afetivo, que esse o meu noivo preenche por completo. Digo quanto a amizades, daquelas estilo "colégio".
Quando eu era mais nova e tinha uns 14, 15 anos, vivia na casa das minhas amigas (quando minha mãe não me enchia o saco). A gente vivia se escrevendo cartinhas. Escrevíamos nas agendas umas das outras. Nos telefonávamos. Fazíamos tudo juntas. Andávamos pela escola grudadas.
Hoje, dez anos depois, absolutamente tudo mudou. Meu melhor amigo é meu noivo. Ele é a pessoa com a qual mais convivo. E quanto às amigas, sumiram. Eram tantas. E fico a me perguntar o que estarão fazendo da vida. Aquelas com quem ainda converso se tornaram boas colegas. Com quem não converso mais, até me arrependo. Conheci gente nova. Mas a época do companheirismo acabou.
Tenho pela frente um ano cheio de coisas deliciosas para fazer como noiva. Mas nenhuma dessas amigas estará comigo. Sei que terei de enfrentar alegrias e tristezas de cabeça erguida contando comigo, meu noivo e minha família. As amigas são belas lembranças. E a todas desejo tudo de bom e de melhor.
Drummond dizia que Itabira era apenas um quadro na parede, mas que doía muito. Minhas amigas são quadros bonitos que eu pendurei nas paredes do meu coração.
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